É possível falar em crueldade numa análise política? Nessa semana, a Deborah Leal Farias (University of New South Wales – Sydney) veio nos explicar não apenas porque a noção de crueldade cabe perfeitamente na hora de analisar práticas e sujeitos políticos, mas também como ela se fez presente no governo de Bolsonaro ao longo da gestão da crise provocada pela pandemia de Covid-19.
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Participaram deste episódio:
Geraldo Zahran – twitter.com/gnz20
Maju Barbosa – twitter.com/majubarbosa18
Deborah Leal Farias – twitter.com/debfrombrazil
Citados no episódio:
Guilherme Casarões e David Magalhães – The hydroxychloroquine alliance: how far-right leaders and alt-science preachers came together to promote a miracle drug
Deborah Farias e Guilherme Casarões – Brazilian foreign policy under Jair Bolsonaro: far-right populism and the rejection of the liberal international order
Diálogos Brasil-Berlim #4 – Meio Ambiente: destruição sem limites
Trilha sonora:
-Pertuba, Melhor Sobrar Do Que Faltar – https://youtu.be/OkgfMRNq8DU
-Aborígenes Viajantes, Edgar – https://youtu.be/6KwfiUGrIsM
Não entendi a relação entre práticas políticas “populistas” e retórica/prática cruéis. A história recente fornece uma abundância de exemplos de líderes supostamente democratas, moderados ou liberais que praticam, justificam ou eufemizam crueldades.
Foi Obama quem pôs crianças latinas em gaiolas. Alckmin quem fez o massacre no Pinheirinho. Rui Costa quem comparou uma chacina contra negros a um jogo de futebol. A da tal ordem liberal internacional se refestela na miséria e no sangue dos povos do sul global.